RESCALDO
na envergadura do nada,
a arte na pequenez dos passos q desapega se de meus pés enquanto a lua ladra noite a dentro
Amo por odiar,
a consciência em gemidos num canto do palco sem plateia e nos enganos do Eden de um Adão suburbano, nas emoções das mulheres perdidas nas águas do Arrudas que corta a cidade a soluçar suas dores.
Amo por odiar,
pois sou ateu de mim mesmo e não amo sem antes me odiar o corpo em rescaldo de uma salamandra.