RESCALDO

na envergadura do nada,

a arte na pequenez dos passos q desapega se de meus pés enquanto a lua ladra noite a dentro

Amo por odiar,

a consciência em gemidos num canto do palco sem plateia e nos enganos do Eden de um Adão suburbano, nas emoções das mulheres perdidas nas águas do Arrudas que corta a cidade a  soluçar suas dores.

Amo por odiar,

pois sou ateu de mim mesmo e não amo sem antes me odiar o corpo em rescaldo de uma salamandra.

Crisol
Enviado por Crisol em 18/06/2018
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