Digo calado
Incapaz de ser pra ti perfeito,
Falo, assumo e me ponho em risco.
Boca grande, língua solta, medo frágil e arisco.
Não posso atentar-me a transformar teu jeito.
Por mais que queira te libertar pra vida, espero sua iniciativa nessa jornada.
Dai-me a mão quando se sentires segura,
Ou quando houver a postura
De uma mulher desacriançada.
Na esquerda do peito te sinto batendo de maneira urgente.
Sussurra em tom baixo:
“Só sei que me sinto presa...eu acho.”
Talvez queira ficar, talvez queira sair desse coração doente.
Em relações profundas de tua parte, não mais me meto.
Falo o que penso e saio mal visto.
Boca grande, língua solta, medo frágil e arisco.
Não posso atentar-me a transformar teu pensamento.