Encasulado
Eu sou, como um átomo em fusão,
um poeta a implodir lirismo
nas cercanias do obscurantismo,
forjando rimas da contradição.
Eu sou um muro de lamentação,
que guarda as angústias confessadas
das almas tíbias e desencarnadas,
que se flagelam pela vida em vão.
Eu sou, como um casulo de ilusão,
sutil metamorfose do que sinto.
Não tenho bússola! Sou o labirinto
em que vagueia o só em solidão.