NA INFÂNCIA

Na infância as lágrimas ruminavam com o alimento,

Meu grito era o silêncio,

Que se rasgava em meu corpo.

Suas ordens criaram o animal que rasteja

Quando me desconheço...

Mostra-me o caminho da armadilha

Seguirei passo a passo,

Sou a caça e me caço,

Me perco do seu abrigo,

Fico ao acaso,

E esqueço o que de você

Em mim chora...

Talvez passe reto na curva

E me desencontre do seu abraço.

Você é a arma engatilhada ao meu corpo

É a montanha e a roleta...

Você é a ausência que me faz falta,

É o que me desabriga de mim mesma.

Me perdoa me machucar com minha dor,

No escuro apenas não vejo a luz,

Me perdoa lhe machucar em minha dor,

No obscuro apenas fujo da cruz...

Para você acendo velas e espero por milagres,

Lhe procuro na infância

E espero que você me ache.

Rosa Sousa
Enviado por Rosa Sousa em 19/05/2018
Reeditado em 22/12/2018
Código do texto: T6340627
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