NA INFÂNCIA
Na infância as lágrimas ruminavam com o alimento,
Meu grito era o silêncio,
Que se rasgava em meu corpo.
Suas ordens criaram o animal que rasteja
Quando me desconheço...
Mostra-me o caminho da armadilha
Seguirei passo a passo,
Sou a caça e me caço,
Me perco do seu abrigo,
Fico ao acaso,
E esqueço o que de você
Em mim chora...
Talvez passe reto na curva
E me desencontre do seu abraço.
Você é a arma engatilhada ao meu corpo
É a montanha e a roleta...
Você é a ausência que me faz falta,
É o que me desabriga de mim mesma.
Me perdoa me machucar com minha dor,
No escuro apenas não vejo a luz,
Me perdoa lhe machucar em minha dor,
No obscuro apenas fujo da cruz...
Para você acendo velas e espero por milagres,
Lhe procuro na infância
E espero que você me ache.