Um zero a esquerda...

Quem nunca se sentiu imprestável

Sem utilidade alguma

Algo sem nem um valor

Uma cerva sem espuma

Um vazio controlando o peito

Sem sentir que é importante

Jogado sozinho em um canto

Onde chorar já não é o bastante

A solidão rondando a alma

Dilacerado o coração

E tudo que nós pedimos

É um simples aperto de mão

Um sorriso estampado no rosto

Disfarçando a lágrima do olhar

Quem olha te vê feliz

Não consegue nem imaginar

Que um peito que já foi habitado

Hoje está todo partido

O que era para ser um grande amor

Acabou não correspondido

Hoje não resta nada

É apenas pedaço de retalho

Simplesmente um zero a esquerda

Carta fora do baralho...

Cj