Cântico de Ego

Não se ama pensando

Que amar mora

Na razão

Muito menos

Dizer eu te amo

Em frases feitas

Com entonação de narrativas musicais...

O coração exige

Renúncia do próprio

Umbigo jogado

No telhado de vidro

Ego de nós solitários

Em tempestade

De brancas nuvens

Mar de espinhos

Vento renascer da vida

Procuro nas noites

Anjos cujas asas

Foram arrancadas pelo

Ceifa a dor de sonhos

Não se ama achando

Sempre que cheque mate

É o fim do opositor

Lutar e vencer a si

Não é desumano conflito

Vou labiritando

Ruas e vielas

Estradas e rios

Quem sabe

Um dia o Anjo

Que procuro livre esteja

Da clausura voz mórbida

Cânticos de funeral

Curumim Amazônico
Enviado por Curumim Amazônico em 11/04/2018
Reeditado em 11/04/2018
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