Solidão
Solidão
Quem é você que aperta o meu peito
Tornando à vida devagar
Rouba minha alegria
Tira minha alma do lugar
Negocia meu sorriso
Permuta por lágrimas
Que tenho eu à ganhar
Lesa-me minha luz
Apatia de graça sempre me dá
Joga-me na cama
No leito sinto vontade de morar
Escorre de mim o drama
Sentimento confuso aqui quer ficar
É sol à noite nem prego olho
E lua de dia só pra mim fragilizar
Nesse terror passo meus dias
Nem sequer posso sonhar
Solidão ingrata não te convidei pra ficar
Levanta segue teu rumo
Dói demais te sustentar
Lágrimas pulam dos meus olhos
O coração disparado no peito
Do nada começa apertar
Desejo de vida
Mais à alma cansada cheio de fadiga
Triste nesse mundo de ilusão
Viver por viver, sem amor, sem paixão
Pra que existir nessa vida
Entregue nas mãos da solidão
Amor morreu no peito
Seco como terra árida acabou meu coração
Vivo sem vida contando meus dias
Em necrose vive meu ser por não sentir emoção !
Apagou à luz da minha alma
Morreu o meu amor
Sepultou minha paixão
Hoje vivo por viver
Entregue às lágrimas
E amargando com à solidão.
Ricardo do Lago Matos