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De repente sozinho
Tristeza, frio e solidão
Então você abre uma janela para o mundo
Ou talvez outra para a escuridão.
Inicia uma conversa com um desconhecido
Alguém no mundo, palavras sem expressão
Procura ali alento e carinho
Sonha com um novo mundo, cria uma ilusão
Imagina que a vida devagarinho
Não escorrega mais da sua mão
Que o tempo e as pessoas
Não são efêmeros na multidão.
Mas é tudo breve, lesto e solúvel
E não demora a decepção
Que não existe afeto e olhos nos olhos
Sequer alguma demonstração
E logo você descobre que não passou mais de uma desilusão.
Que o vazio que há no peito só se termina
Com abraços e apertos de mãos.