A DOR SEM ESPERANÇA
À poetisa Nelim
Eis um mini-tratado
de dor sem esperança,
para nós inglória,
injusta e com senso,
de um mundo imenso
de insegurança.
É sabida a dor dessa dor
que, sem se ver,
num louco estertor
nos vai corroendo
pois não se vendo
parece crescer...
Esta dor mui calada
que nos preocupa tanto
mesmo sem ser desejada
é parte da nossa verdade
e com pouca ou muita saudade
mata-nos sempre de espanto!
Frassino Machado
In CINZAS DO MEU PASSADO