Meu monólogo
A noite chega sorrateira,
Sufocando a humanidade sob lágrimas,
Me arrastando nesta solidão,
Onde tento remendar a minha existência,
Neste solilóquio de constrastes.
Me aproximo do espelho,
Vejo minha imagem em suas interjeições,
Interpelando este ser que se projeta do outro lado,
Num labiririnto de encontro e desencontros,
Marcado por emoções confessas em segredo.
Em cada expressão do meu rosto,
Percebo as marcas do tempo em seus açoites,
Diantes dos olhares atentos de minha consciência;
Envolta ora em gritos,ora em calmaria,
Estranhos deleites dos momentos vividos.
Mesmo com medo,
Vou seguindo entre as estações,
Desafiando o compasso das horas,
Neste eu seduzida em suas distrações,
Enquanto persegue seus rastros pelo tempo.