Ele falou

Sempre sozinho a

rabiscar

folhas brancas.

Gozações de vitimas

da sociedade.

Fabricas de monstros.

Garoto tímido.

Sociedade cruel.

Garoto triste.

Sociedade cruel.

Fabricas de vítimas.

Parecia só uma

brincadeira.

Mais o garoto que não

falava rugiu.

Ele tinha uma colega

eram amigos.

Trocavam bilhetes

na sala de suspenção.

Ela disse que

naquele dia ele só

escreveu: “até mais tarde.”

Só ela o entendia.

Papai e mamãe não

dava atenção.

Papai não escondeu

a arma.

Jeremy era a presa

das hienas na sala.

Ele estava fora dos

padrões.

Sociedade cruel.

Como sempre...

sociedade cruel.

Lembro com as mãos

tremendo

foi a única vez que

ele falou.

O leão que dormiu

acordou faminto.

Sociedade dá a luz

a vítimas de ambos

os lados.

Jeremy o anormal.

Sociedade cruel.

Menino solitário.

Fora dos padrões.

Fora de um maldito

relacionamento.

Mas Jeremy tinha

uma colega.

Ele só se despediu

naquele dia depois

do recreio.

Criamos um leão.

Criamos um leão.

As hienas mergulhadas

em poças vermelhas.

Calças com manchas

marrons.

Um leão foi solto.

O leão rugiu... o leão rugiu.

O leão rugiu faminto.

Jeremy falou

naquele dia na aula.

Sociedade cruel. – (Minha homenagem ao grunge e ao pequeno anjo Jeremy Wade Delle, Nascido em 10 de Fevereiro de 1975 que cometeu suicídio com uma arma de fogo na frente de sua turma de Inglês, na Richardson High School, no dia 8 de Janeiro de 1991, pelas 9:45 horas.)