Quem pode conhecer 
seus próprios limites?
E quando é que 
o abismo acaba?

O pé vai tateando a beira.
E vai procurando o fim.
O fim obscuro.

O fim do abismo.
E a razão em destino
Mirando nossa consciência.
Que lateja em dor.

Conhecemos e não conhecemos
Há uma névoa 
penumbra do pensamento
que vaga
e procura sentidos,
coleciona imagens e significados.

Mas, se os significados mudaram?
E, se migraram para outra dimensão?
E, de onde estou,
a luneta não me enxerga.

Mas ver é apenas  enganar-se
Só se vê realmente
com os olhos da alma
com os sentidos mais profundos.

Quando se percebe o poliedro
As múltiplas facetas.
A luz e a treva
O côncavo e convexo
O limitado e o infinito
A alma e o corpo

A morte e a vida
juntos como as faces de uma moeda

E carrear todos os medos
Todos os segredos
E tanta circunstância
circunscrita
circunferência...

Âmbitos 
Antros
Amálgama

A liga metálica a
vincular tudo
Sub-repeticiamente
A formar o mosaico
rebuscado do mundo.
 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 03/03/2018
Reeditado em 12/03/2018
Código do texto: T6269964
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