Envermelho-me todo
Quando me sinto ridículo...
E tenho me envermelhado tanto...
Perguntas atravessam-me
Por toda minha vida...
Por quê não confio em mim?
Por quê não confio 
Nos propósitos do universo ?
Por quê sinto-me assim?
Tão artificial e perdido?
Por quê sou tão amedrontado,
E sem saída? 
Sinto que uma sensibilidade extrema,
Deixou-me paralizado para a vida,
Em situação persistente de milindre...
Uma luta árdua e indecisa,
Entre viver ou morrer...
Tenho suportado dia após dia,
Este cançaso, este fracasso...
Este peso do mundo,
A me fazer insuportável pressão...
Penso... Se quem tirou a minha coragem,
Foi a minha compaixão...
Ou se a minha alma se foi,
E deixou-me,
Em ego\corpo na escuridão
Levando a essência e a verdade, 
Que perdurava em mim...
Não trago nenhuma certeza,
À deriva sigo errante 
Más, trago uma quase obsessão...
De que a imaterialidade seja o meu lar,
E que a vida em matéria instintos,
Seja plena dor e confusão,
Impedindo-me de ultrapassar... 
Enfureço-me com um Deus 
Que não enxergo,
Que não acredito, 
E ao pensar na falta de sentido...
É impossivel acreditar !.   

Cesar Machado Sema
O3-03-2018


 
Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 03/03/2018
Reeditado em 04/03/2018
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