Silêncio em Silêncio
Do que valeu
à noite se rasgando na madrugada
onde se perdeu
na fronte da poesia imaculada
ativando a quimera do cerrado
numa fronha pisoteada
de um leito calado
duelando num ritual sem cerimônia
do poetar e o fado cansado.
Se só restou apenas a insônia.
O vento mudo,
em troca, tagarelava
totalmente sem conteúdo
com o sono, e assim falava
de sonho sanhudo
fados inconfessos
silêncio em silêncio, rudo.
“Se somente sou quando em versos.”
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2018, 3’05” - Cerrado goiano
paráfrase Thiago de Mello
Vídeo no Canal do YouTube:
https://youtu.be/fb9W5W9H-MM