A Estrada

A minha história congestionou depois de oitocentos metros

Mas sou um idoso cochilando no artifício corriqueiro

A música na rádio me atualiza da fútil histeria sentimental que devora o mundo

Por quanto tempo me deixei ser convencido à vandalizar minha própria vida?

Essa estrada bebe muita gasolina?

Então eu deveria virar na próxima saída…

Crio uma brisa balançando uma revista velha

A dor cervical satiriza meu livre-arbítrio

Gostaria de ceder uma ou duas caronas

Vamos sumir sobre a paisagem irrelevante e assentos sem estofamento

A bula recomenda consumo imediato caso você seja suscetível ao mal do abandono

Essa estrada deixa meus pneus carecas?

Então vá, salve sua vida!

Desde o início, meu comportamento é dissonante

Descobri que drinks e palavras obscenas entendem de customização

Os números na quilometragem incitam meu desespero

E eu passo a agredir meus tímpanos com a alegria explodindo nos alto falantes

A harmonia consegue me iludir com sua versão da vitória

Eu te deixei no volante e você superaqueceu meu motor

Ah, por favor, salve meu tempo!

Eu tenho hora marcada com compromisso algum

Você sabe, algumas recordações deixam a impressão de que podem voltar a acontecer

Mas essa estrada bebe muita gasolina

A nova estrada para o precipício

Sim, essa estrada bebe muita gasolina

A nova estrada para o fundo do rio