Na solidão, na tradição e na próxima estação
É como se no próximo segundo
A pessoa fosse me apunhalar pelas costas
E no outro ela fosse embora
Levando consigo o meu mundo
É como se ninguém entendesse essa tristeza
Eu tenho medo de que riam quando eu falar
Disto tudo eu tenho tanta certeza
Por dizer tanta melancolia, vão debochar
Não consigo dizer uma palavra sem dificuldade
Não consigo dizer qualquer coisa de verdade
E me ultilizo disso aqui para gritar
Aqui que não são com facilidade ao me expressar
Tenho medo de ser covarde e o sou
Tenho medo de ficar triste e fico
Tenho medo de encarar a hombriedade e fujo
Tenho medo de falar e calo
Tenho medo da dor e me lanço no prazer
Volta e meia nada faz sentido
Volta e meia é tudo uma grande ilusão
Motivos para vida?
Motivos para lutar?
Na semana seguinte o meu amigo me trairá
Ninguém me entende.
Me sinto uma formiga numa terra de árvores milenares
Onde os meus medos e problemas crescem
Eu só penso em fugir pois não consigo resolve-los
Ao menos não sozinho
Fico sentado nessa solidão onde nada precisa dar certo
Aliás a minha vida tem sido um grande erro
Nada acontece como tem que ser
Me conformo
Tomei inúmeras decisões erradas
E vícios me escravizaram em seus calcanhares
Sou arrastado pela carne até a podridão de mim mesmo
Sou o porco que ama a minha lama que é a minha própria feze
Os problemas crescem e a vontade diminui
Não sei o que quero e se quero
Perco o meu tempo aqui
Ninguém entende
Nunca encontrei esse alguém
Que me tirasse desse lugar
Este lugar escuro e frio
Que minha alma gosta de ficar
O verbo que eu tinha se foi na última estação
A próxima será mais abaixo
Regada por lágrimas e flores