O “Cale-se” autobiográfico.

O que faço para sorrir?

Os motivos estão aqui...

Acho que esqueci como se faz.

Os meus olhos enxergam um mundo filtrado

Nos significados só vejo o que ainda falta.

Um mundo imaginado,

Uma mentira nos lábios curvados.

Me poluo com palavras.

Me engano com promessas.

Juro mudar, mas nunca começo.

As paredes da verdade são tão espessas.

Minto para mim quando me elogiam.

Não sei se tenho pena deles ou de mim.

O mundo se transforma e eu, estático.

Acho que vou viajar...

Será que algum dia vou suspirar de alivio?

Porque de enfretamento já me cansei.

Você pode ser bom, ser o melhor.

Só vão te ouvir se você pagar (com o que?)

As pernas vão, uma depois a outra.

Mas para onde? Para que?

Sabe. Elas estão doendo, cansadas.

Acho que quero parar.

E agora? Qual a direção?

Quantas interrogações não é?

Veja só, mais uma.

Acho que vou por ali...

Já errei tanto.

Acertei também.

Olhe, meus versos estão se calando.

Acho que é minha vitalidade dando tchau.

Me resta poucas linhas.

Você me ajuda?

Fale comigo. Me mostre o caminho.

Mas se não quiser, entendo.

Sorria. Faça o que não fiz.

Ade... (us?)

Cevolane
Enviado por Cevolane em 09/01/2018
Código do texto: T6221477
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