Andarilho
Andarilho
Por subidas e descidas, cansei
Sol ardente e noites sufocantes.
Um pouco de água, mais chão.
Outras montanhas estão a vista.
Eu também cansei da bússola,
Meus passos não querem guia e
Que rara espécie de humano sou!
Parti para sentir-me um ser livre,
Mas trafego por prisões mentais.
A saudade é o veneno do tempo
E tomo dessa água todos os dias.
Quase lá, não sei, mas é distante!
Um dia será fácil aceitar a solidão.
Nesta destinação não há escolha,
De joelhos oro para não fraquejar
O amanhã trará outros males, eu sei.
Mas, livrai-me do mal; eu peço.
Amém.
Paulo Victor