Medianeras
Trabalho melhor sozinho.
Mesmo gostando de trabalhos em equipe,
Esportes coletivos.
Não desanimo.
Sempre penso que algo melhor está por vir.
A velha timidez artificial.
(Eventualmente criada, desde cedo por uma variante de medo em ambiente social;
Importância desnecessária pelo que os outros vão pensar e como vão reagir.)
Foi substituída com a recuperação da espontaneidade adulta.
Falta superar a indifença.
O olhar vazio.
E aquilo que não sei definir que me impede de
Aparecer bem nas fotos,
Ser lembrado, procurado, mantido... enfim recuperado.
Há momentos em que me sinto rodeado de pessoas, coisas e situações
Em forma de pó.
Me sinto fluido, mas imiscível.
Intrigante, mas postergado.
Um planeta, talvez um sistema, até mesmo um universo
Com vários visitantes, mas quase sempre
Frio, escuro e vazio.
Abro as janelas etéreas.
Os espectros contatam, se acomodam, comunicam, interferem e se divertem.
Se divertem ainda melhor entre si.
Afastam-se com suas identidades para outros clusters.
Perde-se a relevância.
As janelas desaparecem.
Não há luz.
Enquanto ainda penso em me mudar,
Seguindo pela estrada da incerteza.