AMOR AUSENTE
Perfume espargido na pele nua
Olhar pela vidraça estrelada
Sonata ao luar que chega à rua
Suspiros na noite enluarada
Burila uma lágrima em prece
O coração um poço de ternura
Amor que a alma não esquece
Saudade de um tempo de ventura
Uma dor aguda o peito comprime
Um vazio que a taça não sente
O vinho parece que mas oprime
A dor por alguém que está ausente
E assim a madrugada se esvai
O sol nasce na bruma do olhar
Sobre o leito um corpo cai
Esvaído de tanto chorar