O menino que não amava a vida...
Desde cedo ele era estranho...
Nas coisas ele olhava,
Procurando um sentido
Compaixão por tudo fazia-o sofrido
Via o cárcere e a ilusão,
Por trás de cada sorriso
Enquanto a alegria mentia aos gritos
Olhou de perto a engrenagem do instinto
Fazendo tudo nascer e morrer,
Numa roda cármica sem motivos
Este menino nunca amou a vida...
Nunca achou razão para suportar,
O peso, desta realidade sem sem saida
Que iludidos e embriagados,
Chamamos de vida.
Este menino continua sendo um menino...
Intuindo além de mundos
Materialmente divididos
Intuindo a origem,
De onde todas as coisas surgiram
Cesar Machado Sema