Qual vampiro...
Três da manhã...
Insone até esta hora,
senti cada segundo se depositando
no amontoado de tempo
que chamamos de passado
como alfinete que traspassa a pele.
As reflexões solitárias,
incompletas e em tons de cinza
vagam pela escuridão
à espera do aval de outrem.
Mas o avançado da hora
nos isola de todo alguém.
Ficam então nossas ideias
num processo de vaivém.
Suas situações sem resposta
que não interessam a mais ninguém.
Qual vampiro, vago pela noite...
Quem poderia ser meu outrem?