Me afogo em mim mesmo

O sol se pôs e mais uma vez observo sua partida,

Cena de despedida, na qual os olhos é que falam.

Final amargo, preto e branco, olhos embargados,

Não consigo respirar! Não...consigo!

Totalmente desnorteado,

Busco ar.

E ponho-me a chorar nesse mundo cinza,

Embriagado pelo meu vazio.

Às vezes, imagino-me manipulando os ponteiros do relógio,

Senhor do tempo,

Senhor da vida,

Doce acalento...

Mas logo caio em mim e subitamente despenco do meu devaneio,

De repente não há nada, apenas o que resta de mim.

Apenas o nada.

Aos prantos, quase sem ar, submerso no meu vazio...me afogo em mim mesmo.

Meus Passos
Enviado por Meus Passos em 14/12/2017
Reeditado em 14/12/2017
Código do texto: T6198479
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