A Carruagem virá.

Que me perdoem os peixes dos rios
As águas gélidas dos lagos
A fonte que canta quando chego
As aves dos bosques entre os galhos
E as tantas cores do meu campo florido
A carruagem virá ao meu encontro
Porque sempre chega para os que amam
E o cocheiro nada dirá, dispensa as palavras
Ouço o ruído das rodas e som dos eixos
Sinto no vento que sopra na campina
Que me diz baixinho; adeus meu amigo, adeus.
Isto tudo é só um momento, como um sonho
Que fica , ou que de fato nunca existiu,
A mente cria fantasias lindas, e nelas entramos
Mas a carruagem um dia passa, e nos acorda,
Deixei uma marca nas pedras, em vão
Um entalho no tronco , sem razão
Uma flor no bolso, que desaparecerá
Mas uma vida simples, em harmonia ,
E esta sim, para sempre, permanecerá.






 
Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 10/12/2017
Reeditado em 10/12/2017
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