Isolamento: a fé perdida...
ISOLAMENTO
Não me fale mais nesse assunto,
Não percebes o quanto estou angustiado ?
Quero esquecer tudo,
Apague tudo isso da minha memória,
Eu consigo ver toda aquela decepção quando eu fecho os olhos,
Minhas mãos ficam perplexas,
Meu coração recusa-se a acreditar…
Quero ficar bem sozinho,
Não me venha com compaixão,
Pois tudo isso aí é falso,
Estou cansado dessa superficialidade,
Estou cansado de suportar esses sorrisos vazios,
E frios, e mortos como cadáveres.
Gente fingida que nos abraça,
que diz se preocupar com o que a gente sente…
Tudo mentira,
Todas as palavras que estes tais dizem são teatradas para nos engodar,
Para não suspeitarmos de nada.
Como a gente pode ser tão ingênuos e idiotas,
Como podemos ter realmente amada a tais criaturas da escuridão?
Me deixe sozinho,
Estou cansado de toda essa farsa.
Estamos mais sozinhos do que você pode imaginar…
Caminhando em passos lentos,
Tentando reconhecer um rosto familiar,
você volta pra casa com uma tristeza estranha
que ninguém consegue imaginar.
Eles te julgam sem te conhecer,
não querem ao menos sequer ouvir os teus motivos,
contudo ainda vejo um pouco de beleza no Mundo
quando o teu sorriso se mistura ao vento
e desfaz a tempestade em um lindo dia ensolarado.
Eu não estive ao teu lado quando precisaste,
você soube suportar tantas discussões agressivas
e ninguém parou pra pensar na dor
que o teu coração sentia meu amor,
e escondia.
Oh meu amor! Eu somente consigo ver um pouco de beleza no mundo
Quando o teu sorriso circula e pousa no meu coração.
Você sonha em ser feliz,
não há nada de mal nisso;
enquanto eu vomitava no meu quarto pensando no que me faltava
Te imaginei amanhecendo a minha vida,
dizendo-me que não preciso ter mais medo de nada,
despejando amor em meu corpo ébrio.
Caminhando em passos lentos,
numa noite fria de terça-feira,
sonhando em ser feliz,
não desista meu amor de tentar viver.
(Para Lucileide, meu único e autodestrutivo amor).
Gilliard Alves