A Solidão que Cura
Naquele caos no qual vivia,
Eu não conseguia ver a paz.
Pensava eu que minha força conseguiria
Mas, decerto, aquilo não erra assaz.
Sei disso, em verdade.
Aquela harmonia confusa,
Mesmo com minha vitalidade,
Era a tanto intrusa.
Então procurei a satisfação.
Repararia aquele mal com meu vigor?
Necessitava pedir perdão
Sobretudo ao meu Redentor.
Senti-me realizado naquele dia.
Agitado e comovido,
Lágrimas acusavam melancolia.
Agora vivo!
Sossegado com meu próprio sofrimento.
Assim eu seguia:
Enjoado do meu próprio sentimento.
Eu necessitava de energia.
Naquele lugar ermo eu fiquei.
Aquela solidão foi vital
Posto sobre dois joelhos eu sentirei
A frieza daquela sinfonia sepulcral.