SOLIDÃO

O céu estende-se preguiçoso

Suave, ameno e formoso…

Que intenso é o seu azul!

Mas eu, dorida, perdida,

Presa a esta vida sem vida,

Não tenho norte nem sul!

Dói a dor que não tem nome

E o meu coração consome,

A que eu chamo solidão.

Vai ser minha companheira

Vai prender-me a vida inteira

Sem ter dó nem compaixão!

Grito calada, desesperada,

Ninguém me ouve, nem me diz nada,

No rosto as lágrimas causam-me ardor.

Mas o grito ecoa alto no meu peito

A solidão instalou-se sem respeito,

Porque tu me deixaste… meu amor!

Alma Lusitana

(Maria da Saudade Paiva)

Maio 2016

Alma Lusitana
Enviado por Alma Lusitana em 26/11/2017
Código do texto: T6182806
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.