ECLIPSE
Eu vi,
Vi sim que o céu era púrpura. Era radiante, vivido e tinha estrelas e eram as mesmas que desenhei por anos os sorrisos, as imaginações, as contriçoes.
E tinha sim uma flecha desenhada, e que partia e que riscava e que sangrava.
Mas era o céu, aquele que era meu , que era seu , que era nosso, o falamos em risos em prosa, em tristeza vivida.
Eu vi.
Vi sim aquele céu púrpura decantar-se e transformar-se no negro límpido e puro.
E logo ficou sem luz, e a vida se dissipou e o que era luz se fez treva.
D.
B.
Ano 33