EM TESE

Força inerte, quebra o cristal, inverte o sonho, protesta pela vida

recusa o real.

Areia do mundo prende, na ponta do seu sapato, de fato ficas mudo só

no palco, fugindo, fingindo de mais fugir.

Tiras o barro do corpo, tristonhos tons de solidão fluem diversos que eu

lia, e via que viras da tua mão.

Como ocultar a face de Poeta, em tese o papel que te acusa, e a caneta

tão culpada pelas letras que rolam no chão, da tua mão.

Vi tuas asas baterem silenciosamente, e essa falta de direção, ilusão por

sobre o teto, o grito, o peito aberto.

Meu olho e vidro refletia, eu lia, o que sentes, e o que vertes

são sintomas de uma febre chamada Poesia.

SAILE LIMA
Enviado por SAILE LIMA em 25/10/2017
Reeditado em 24/04/2019
Código do texto: T6152423
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