Poeira das estrelas

E eis que a Lua se viu só

Derramava em prantos teu pó

Pó, poeira das estrelas antigas

Que um dia dançaram o amanhecer do Universo

Mas que somos nós?

Somos Lua, perdida entre lágrimas cruéis e invisíveis

Observados por milhares de pequenas luas

Que nada orbitam, que nada fazem, apenas existem

Ainda assim, que dádiva é essa existência mesmo que vã

Somos todos Lua, somos todos pranto, somos todos pó

Pó, poeira das estrelas que dançam o fim do Universo

Fernanda Loyola
Enviado por Fernanda Loyola em 12/10/2017
Reeditado em 20/01/2022
Código do texto: T6140898
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