Por onde andei...?

Por onde tenho andado nesse mundo vasto?!

Reconheci-me frente ao espelho a ponto de não conseguir encarar-me,

Tão assustada fiquei com o que vi: estranha criatura em mim, meu ser desbotado.

Nasci não lembro em que pátria, aos homens só isso importa;

Que tenhas identidade, um número a mais da estatística.

E ninguém perguntou como eu estava, como eu me sentia, e o frio me incomodava à alma, a esmo eu vagava, sozinha.

E andei até chegar novamente frente ao espelho manchado, sem respostas das perguntas, mas firme em caminhar, caminhar até que a vida se acabe, se acabe antes de começar.