APENAS SÓ...
Sinto - me só,
Nesse fim de noite a brindar o dia,
Quando a luz irá verter - se em alegria,
Sinto - me aqui perdida e em desarmonia.
Sinto - me assim,
Qual flor pendida em orvalhada espera,
Onde o sonho se esvae sem dizer nada,
Plasmando insana solidão inacabada.
Estou perdida,
Entre o anseio e o som desta cidade,
Eclipsada em longa noite de ansiedade,
No fazer da madrugada fugaz ingenuidade.
Falta - me a luz,
Do afeto antigo que me trouxe a vida,
Na versão amiga desta pobre intérprete,
Do amor vivificante que hoje jaz inerte.
Não carrego a culpa mas o sofrimento,
Ao refazer na escuridão o único momento,
Destinado a atrair desta beleza meio louca
O amor profano e o calor de sua boca...
CRS 18.08.07