sozinhos ainda somos

Sem o corpo não existem os sentidos

E os sentidos não seriam sentimentos

Seriam apenas pensamentos sem sentido

Sentaríamos no silêncio e seríamos seres sedentos por sentido

Sedentos e sozinhos

Sozinhos ainda somos

Mesmo repleto de sentidos

Sem corpo seriamos algo sem cor

Pó?

Cor sentida no mar aberto da percepção

Cor sendo qualquer coisa e deixando de ser coisa

E sendo outro nome

Outra essência

Outra dor e outra fome

Outra mente e outra fonte

Outrem e outro monte de ondas de gente

somos todos corpos na areia.

Brígida Oliveira
Enviado por Brígida Oliveira em 30/09/2017
Reeditado em 28/12/2017
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