Labirinto

De altos muros construí meu peito

indo e vindo em minhas incertezas

e se, a plena luz, me falta clareza

sigo a andar em mim sem porvir direito

Me perco em mim como tempestade

embora percorrendo planejados passos

e dentro do vazio de cheios espaços

sou silêncio em meio a uma grande cidade

Sonhos nebulosos são minha companhia

louco em solidão, tolo apaixonado

busco tua essência, assim, desesperado

nos braços de mais uma falsa alegria

Que verdades busco se em fugires vivo,

e nesta ansiedade por viver, sucumbo?

Quem povoará meu devastado mundo

que não seja o medo de seguir perdido?

Por vezes meus olhos vislumbram tua face

e o medo se dobra e meu sonho renasce

porém retrocedo no afã que sinto

e sigo perdido em meu labirinto

Enredados muros de desesperança

abraçam meu peito a me sufocar

e mesmo brincando em mim qual criança

és uma saída que não posso achar.

G.C.F

2017 - Cametá-PA

Gaby Faval
Enviado por Gaby Faval em 23/09/2017
Código do texto: T6122810
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