"Et, tu reposes, dans le bleu de la mer
toi qui colore du bleu nos chimènes.
Leticia, je ne savais pas, que j'étais amoureux de toi...



LETÍCIA... POR QUE NÃO RESPONDES?



Assim resta o corpo
aonde a vida se foi há pouco
aos gélidos subterrâneos
tu que colorias de azul meu caminho!
[ e agora, o que será dos  meus dias?]

Ainda resta o sangue
a resistir em seiva
repouso inerte
obscurecidas cores
[ vespertina estrela espia do céu e chora]

Silencioso vértice
ao extremo da mira
teu queixo aponta
o céu enevoado
[ a brisa passeia no teu rosto amado]

Na borrada aquarela
o brilho azul do vestido de festa
luminosidades fugidias...
[ então será bordado de estrelas do mar]

Pousado o braço em tanta calma
e a mão pendida à flor da água
dir-se-ia que dorme
[acorda, é tarde, o horizonte é largo, não vê? ]

A pele fria tem ainda o viço
da mocidade cortada em pleno voo
recuos irremediáveis do destino!
Movem-se as águas
levando aquela flor viçosa
agora simulacro
silenciados para sempre
a voz
o gesto
o sorriso...

Leticia, como eu não soube que te amava tanto?
tu que colorias de azul meu caminho!
O meu barco segue sem rumo
um pássaro se despede do dia 
que vai sumindo ... 

E nas nossas entranhas
sufocado aos poucos
o espasmo da paixão
de um beijo recém trocado
 Meu corpo vibra ...
o mar não te devolverá!



 


 
tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 18/09/2017
Código do texto: T6117996
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