Escudo

Você é todo medo!

Na intolerância de teus erros,

Na crítica seca e vazia dos alheios,

E nessa ânsia de procurar o perfeito,

Erra em cheio!

Já tentei abrir-te os olhos,

Para o infinito e todas as possibilidades,

Não que eu saiba algo a mais,

Só anseio por felicidade!

Mas agora em versos me corrijo,

Apurei o meu rascunho.

Não te agrido mais,

Leia em meus olhos o que digo.

E se não puder com isso,

Te dou outra opção,

De me ver agora nua,

Nos meus sonetos de verão.

Livre eu sou,

Posso ouvir o que no íntimo,

Perturba e clama sem razão.

Meu sentido se aguçou.

E se amanhã não for assim,

No imprevisto dessa estrada,

Torno-me tudo novamente,

E do nada o começo se ascende.

Espero ainda que te desfaças desse escudo,

Que escurece teus lindos olhos verdes,

E aproxima olhares definidos,

Ah! se pudesse ver a pureza de um olhar perdido.