Ninguém presencia a dor.
A dor sofre solitária.
Calada.
Prostrada num canto.
Imantada de saudades
e suspiros.
A dor de perder.
A dor de sentir-se rejeitada.
Odiada.
Incompreendida.
A dor de não ser aquilo
que desejam.
E nem aquilo que nós desejamos.
O ideal perfeito e
infalível que negamos
todos os dias.
Pois somos humanos.
Erráticos.
Atávicos.
Vagamos entre a essência e a existência.
Entre a alma e o corpo.
Pulamos de costas da ponte
para acordar de manhã,
para novo e velho dia.
E ficamos a sós
com dores íntimas
que latejam pela consciência afora.
Pela loucura de ser apenas o que se é.
E, pagar o alto preço
de não se arrepender.
De não voltar atrás.
De não se redimir
De não se quedar
como vencida.
Quando morremos
Ainda assim a dor
sobrevive
em forma de poemas,
de escritos, bilhetes,
dilemas riscados em equações
E explicados coerentemente
por inequações.
Sobreviventes que somos
de todas as diferenças.
Das misérias intrínsecas e
das riquezas interiores.
Nos irmanamos pela igualdade
sonhada, pretendida e
arquitetada em isonomia.
A mendigar atenção e alguma alegria.
Todos queremos a função do afeto.
Queremos o alvo do afeto.
E, se o afeto não existir.
A gente inventa.
Recria.
Desenha.
Ser vivente
Balouçante ao vento.
Ao pensamento.
As ideias percorrem as pernas.
Traçam caminhos
E, cambaleantes
caem mortas no torvelinho
das paixões.
As dores
amam-se a si mesmas
no reflexo diário
do espelho sem fundo.
A dor sofre solitária.
Calada.
Prostrada num canto.
Imantada de saudades
e suspiros.
A dor de perder.
A dor de sentir-se rejeitada.
Odiada.
Incompreendida.
A dor de não ser aquilo
que desejam.
E nem aquilo que nós desejamos.
O ideal perfeito e
infalível que negamos
todos os dias.
Pois somos humanos.
Erráticos.
Atávicos.
Vagamos entre a essência e a existência.
Entre a alma e o corpo.
Pulamos de costas da ponte
para acordar de manhã,
para novo e velho dia.
E ficamos a sós
com dores íntimas
que latejam pela consciência afora.
Pela loucura de ser apenas o que se é.
E, pagar o alto preço
de não se arrepender.
De não voltar atrás.
De não se redimir
De não se quedar
como vencida.
Quando morremos
Ainda assim a dor
sobrevive
em forma de poemas,
de escritos, bilhetes,
dilemas riscados em equações
E explicados coerentemente
por inequações.
Sobreviventes que somos
de todas as diferenças.
Das misérias intrínsecas e
das riquezas interiores.
Nos irmanamos pela igualdade
sonhada, pretendida e
arquitetada em isonomia.
A mendigar atenção e alguma alegria.
Todos queremos a função do afeto.
Queremos o alvo do afeto.
E, se o afeto não existir.
A gente inventa.
Recria.
Desenha.
Ser vivente
Balouçante ao vento.
Ao pensamento.
As ideias percorrem as pernas.
Traçam caminhos
E, cambaleantes
caem mortas no torvelinho
das paixões.
As dores
amam-se a si mesmas
no reflexo diário
do espelho sem fundo.