PENA DE VIDA.
PENA DE VIDA.
Por quantas vidas a morte me detiver, eu te amarei
Pudesse tu ver os retalhos do meu coração de dor, por tua ausência
Não me envergonharia de joelhos dobrados ao teu perdão
Em teu colo pedir-te asilo e ofertar-lhe palavras com ternura
Tua falta é minha pena de vida, crime que me drogarei!
Os restos mortais, vívidos, desse amor pesam-me à sobrevivência
E no meu caminho há um labirinto de tristezas, como decoração
Onde a tua imagem é holograma, cabe na consciência como uma cura.
Dá-se-me um grão do teu olhar e verás as lagrimas do meu
Dir-te-ia que a esperança atrai o que nunca se prometeu
Então me largo pela estrada dos nossos parcos momentos
Porque só isso o destino me reservou, como sofrimentos
E por quanto o cemitério tenha as pegadas da minha visita
As flores murcham n’água, somente com a minha presença esquisita.
CHICO DE ARRUDA.