PENA DE VIDA.

PENA DE VIDA.

Por quantas vidas a morte me detiver, eu te amarei

Pudesse tu ver os retalhos do meu coração de dor, por tua ausência

Não me envergonharia de joelhos dobrados ao teu perdão

Em teu colo pedir-te asilo e ofertar-lhe palavras com ternura

Tua falta é minha pena de vida, crime que me drogarei!

Os restos mortais, vívidos, desse amor pesam-me à sobrevivência

E no meu caminho há um labirinto de tristezas, como decoração

Onde a tua imagem é holograma, cabe na consciência como uma cura.

Dá-se-me um grão do teu olhar e verás as lagrimas do meu

Dir-te-ia que a esperança atrai o que nunca se prometeu

Então me largo pela estrada dos nossos parcos momentos

Porque só isso o destino me reservou, como sofrimentos

E por quanto o cemitério tenha as pegadas da minha visita

As flores murcham n’água, somente com a minha presença esquisita.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 15/08/2017
Código do texto: T6085090
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