Ao vento
Sangro lágrimas até morrer,
Estática vejo a linha do horizonte lhe alcançar.
Não entre no meu vazio,
Minha dor pode lhe sufocar.
Não tente me ter
Nem de minhas sobras se aproximar.
Na sobra de algum tempo irei lhe ver,
Na sombra de algum querer,
Lhe encontrar.
Me sento distante da cadeira do rei,
Não tente me acalmar.
Me comprimo em desespero,
Me restingo ao lado do mar,
Sou areia ao vento,
E o ciclone a me arrastar.