NOITE DE INSÔNIA
O sereno pegou-me com os pés mergulhados
na areia alva e fina.
A lua iluminava tudo, quase se via
o verde das sebes rendadas de maracujas amarelo.
Caminhava absorto,
pelas ruas descalças do meu interior.
Sentia um vazio imenso enquanto andava.
Querendo que uma magia fosse acontecer,
e o meu amor encontrar.
Mas já era noite alta.
E aquele anjo já fora dormir.
O mundo era meu, minhas as ruas compridas
tristes e vazias; e não falavam comigo.
Eu me vi tão só, e tão triste meu coração,
que minha solidão teve pena de mim e chorou.
O luar foi empalidecendo.
Era o dia chegando.
Meu amor logo, estaria acordada.
Sem saber que naquela noite,
a solidão não me deixou dormir.
E o luar só me fizera nela pensar!
Barret.