Esses sonhos
São doces os sonhos.
Doces estranhos que não reconhecemos
e nos esquecemos do básico conselho da vida
que anuncia ser uma benção a ignorância
e que marca a distância entre os seres
o componente básico da sobrevivência.
Mas o que fazemos com os sentimentos?
O que perdemos diante do medo de arriscar?
São doces os sonhos.
Quando nos lembramos que nada mais é preciso
a não ser o esforço, o desgosto do labor,
da derrota, do desânimo e das barreiras.
São doces estranhos de prazer
no morrer todos os dias
em nome do desconhecido e
do além do que os olhos podem ver.
São doces os sonhos?
São doces por essência
ou comparados à realidade?
Por inteiro ou em partes que às vezes vislumbramos
e nos perguntamos onde estamos?
São fracos? São fortes? Sobrevivem ao hoje, ao amanhã?
O que são senão a próxima porta fechada
em um longo corredor escuro?
Olhe, são tantas portas fechadas.
Diga-me, onde estão as chaves?