Olhando por dentro
Olhei no espelho,
o rosto vermelho não deixava mentir.
A insatisfação é feito bebida amarga,
feito praga que não larga,
feito espinho a ferir.
E os olhos embaçados,
marejados demais de autopiedade,
não distinguiam o que era fumaça
quando o efeito da cachaça
fazia o que havia sumir...
por favor, mais uma dose!
Não tem como ser de outro jeito.
Quando a vida anda apressada,
e eu tropeço nos próprios passos
com o peso do que trago no peito.