ESTIGMA

Dourado no ego com a prata

e a mata escura que derrete

os princípios do além mundo.

Subjugado mundo na vasta castidade

da vida,

dignificada, simplificada, insignificante vida

na dor lida e na falida saída.

Se procuro a vida,

encontro a morte,

Se procuro a morte

não encontro a sorte

com um sorriso amarelo...

Pírâmide insensata nas raízes

quadradas do meu pensamento fútil

e as rugas da minha face se transformam em atrizes...

Memoráveis são meus segredos esquecidos

e um martírio me acompanha:

aonde vou com tanta pressa?

Por quê minhas vísceras não me vestem o corpo?

Acho que não sou menos morto nem menos vivo

do que uma árvore seca no deserto.

Márcio Ahimsa
Enviado por Márcio Ahimsa em 14/08/2007
Código do texto: T606238