ESTIGMA
Dourado no ego com a prata
e a mata escura que derrete
os princípios do além mundo.
Subjugado mundo na vasta castidade
da vida,
dignificada, simplificada, insignificante vida
na dor lida e na falida saída.
Se procuro a vida,
encontro a morte,
Se procuro a morte
não encontro a sorte
com um sorriso amarelo...
Pírâmide insensata nas raízes
quadradas do meu pensamento fútil
e as rugas da minha face se transformam em atrizes...
Memoráveis são meus segredos esquecidos
e um martírio me acompanha:
aonde vou com tanta pressa?
Por quê minhas vísceras não me vestem o corpo?
Acho que não sou menos morto nem menos vivo
do que uma árvore seca no deserto.