Devaneios noturno
Devaneios noturno
É óbvio que ela chora
Chora em silêncio, sem lágrimas rolar
Quando em conflito, fita o infinito
Pensamento longe. Olha pro nada, não vê nada, nada se mostra
Nada teme, mas de tudo foge
É óbvio que ela quer, mas nem sabe porque, de tanto esperar
Perdeu a vontade de ter
É óbvio que ela ri, gargalhadas espalhafatosas que só ela ouve
Ninguém percebe, ela não deixa, não se abre pra ninguém
Acham que a conhecem, mas tem muito, muito que ninguém vê. Ela não permiti.
É óbvio que ela sabe de onde vem e para onde quer ir, tem chão, ela trilha.
Carrega tudo que pode, aprende, deixa pra trás o que não cabe, ou não se fez caber.
É óbvio que tudo é passagem e com ela tudo é livre, não aprisiona e não se permite ser aprisionada, o que vem tem que querer ser livre e amar a liberdade de ser o que se é sem completar nada, e sim, óbvio, querer o lado, passos em compassos, gargalhadas debochadas que te faça palhaçada
É óbvio, que um dia, ela muda e chore rios de lágrimas e se mije rindo de toda essa merda que nada se entende que é uma piada catastrófica.
Um dia ela aprende que nada na vida é ou será, tão fácil rimar, como brincar com as palavras.