mantras
E quando se decide usar caneta
Porque a rinite ataca e os olhos doem
Mais do que física, psicológicamente.
É quando entendo os versos fundamentais
Da minha música favorita dos Engenheiros do Hawaii
Com todos os finais de semana ocupados
Levar o mantra de não arrependimentos a sério
É a missão mais difícil que recebo
apesar das listas intermináveis de tarefas que me atribuo para
ganhar um propósito
Olhar o calendário tem virado hobbie
E definir o que sou é cruel
quando isso mata aos poucos alguém.
Agradeço por poder confiar a cesta de frutas podres
Aos cuidados de mais formosa dona de pomar
E me pergunto o que seria de mim sem.
E quando as pressões aumentam
Lembro da ocular
E do que me faz perguntar
Mas que porra está sendo isso?
No caminho de tentar salvar os desacreditados
Todos nós nos perdemos em nossas próprias crenças
As melhores poesias contém espinhos e
Precisam se manter sob redomas de vidro dentro de baús com 7 chaves
Para que não estraguem as armaduras de ferro
Que ostentam as minhas estátuas em pedestais de 3x4 metros de altura.
As pernas já cedem de tanto fugir
E a ideia de fazer tudo de propósito
para evitar acidentes
Já não é um caminho
Pois nenhuma das decisões parece ser.
e encontro gente perdida
o que faz com que minhas dúvidas aumentem
Mal consigo definir se foi sim ou não
e por isso deixo como isso nunca aconteceu
e as cobranças de uma resposta
vêm principalmente de quem não mais consegue esperar
E enxergo a sinceridade
mesmo com os meus olhos e óculos molhados
O que eu sei de mim?
menos ainda do que outrém, talvez
peço perdão à minha flor
e peço que se mantenha sempre cheirosa
mesmo nos meus dias de rinite alérgica
Pois dentre todas
O seu pólen me cura.
Ir levando levianamente
ser levianamente
É o que sempre acaba acontecendo
Com o inverno tão próximo.
bendita seja a poesia.
ela me salva nas horas sem mar.