Apatia
Apatia
Onde estão os teus olhos?
Olhos vivos outrora
Que exalavam o prazer em viver
Que brilhavam a me ver
Onde estão?
Hoje apáticos me recebem sombrios
Tal verso que não encontra seu par
Sorumbáticos, quase malditos
Olhos que se escondem nas sombras
Olhos que irradiavam amor
Perdidos no tempo e na melancolia
Na estranheza e no desvelo
Perdidos pra mim
Olhos que me traziam felicidade
Assustam-me, gelam-me
Açoitam-me e afogam-me
Num mar bravio e tortuoso
Onde não tenho o mesmo brilho
Para me guiar seguro até a praia
Eduardo Benetti
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