O JARDIM BIZARRO
Em um campo cinza de verde escasso,
Rosas nascem abandonadas ao vento,
violetas velhas, desbotadas, em tacho,
Margaridas tristes queimadas a incenso.
Os ramos não tem folhas e nem cabelos,
Orquídeas feias cortam bem como corais,
copos-de-leite derramados pelos trechos,
Jasmins pálidos não enfeitam os castiçais.
Eis a contemplação de um belo estrago,
causado pela falta de um bom jardineiro,
despachado, débil, pelo insano egoísmo.
Pois o elemento que mais destrói o juízo,
é a vaidade plácida em raiz de despeito,
cultivando na vil alma um jardim bizarro.