Refém do Tempo

Certa vez eu escutei que,

O segredo era não se importar com a dor

Seja quanto, ou onde for

Que a paz será daqueles que a merece

Que o pior a gente nunca esquece

Mas não me vai da memória a repetição

Tudo que faço não possui fim,

Tudo que vejo é a escuridão

Estou cercado por muros em minha imaginação

Perdi o sentido de viver

Indago sempre o porquê, e nunca escuto resposta

Talvez eu não possua uma escolha

Talvez eu não deva buscar uma simples lógica.

Meu orgulho foi-se junto ao ar puro

Vivo hoje sem pensar no futuro

Engaiolado me escuto soluçar

O passado se tornou o meu lar

Não possuo perspectiva de uma longa vida

Talvez, quem sabe, eu escape dessa rotina

Os seres daqui se movem feito rodovias

Barulhos e uma neblina sem vista

O ciclo não se envelhece, apenas as pessoas

Ele prevalecerá, e elas serão simples sopros que voam.