O errante apaixonado
És difícil encarar, neste momento, meus sentimentos...
mas o pior de todos, é engolir “a seco”, injuriado lamento.
Dor, saudades, tristeza, a distância... abstratismos unificados!
E aqui estou eu, apaixonado errante... infame desesperado!
E nesta noite tão silenciosa, sinto meu coração disparar...
você vem a minha mente. Minha fuga? Lembrar e lamentar!
Um erro imperdoável, irresponsável... tudo se desmorona;
e para o solitário arrependido, somente à dolorosa insônia.
Meu futuro incerto, caminhando sem destino, és incógnito.
Preferiria me eternizar, sem remorsos, ao lado dos mortos;
mesmo vivo, sou apenas uma “capa de carne”, nada mais...
tão fria, tão vazia, sem cursos... meu amor ficou para trás!
Degenerando minha alma, em um antro esquecido de solidão...
escurecido e sombrio, palco de iniquidade e perdição!
Um ambiente apagado, que já vistes uma luz pura brilhar...
na verdade era você, se arriscando, tentando vim me salvar!