2017
O frio fala às almas
De capitais que ardem,
De pessoas que morrem,
De Insones madrugadas,
Do tempo que corre...
A madrugada fala às pessoas
De outras que se dão à morte
Em capitais tão frias,
Num tempo insone
Que todavia não corre.
Eu, andando com frio
Pela capital que não arde
Eu, pessoa que não corre,
Na vida notívaga não grito,
E a alma morre.